Publicações


Demétrio de Azerezo Sóster e Mara Rovida (Organizadores)

Editora Catarse, 2021, 341p.

Esse é o quinto livro da Rede de Pesquisa em Narrativas Midiáticas Contemporâneas (Renami). Publicado de forma vocacionada, apontando para o que, nas pesquisas e práticas em torno das narrativas, aponta para as mudanças protagonísticas. Como é de hábito nas publicações da Renami nos últimos cinco anos, a percepção dos lugares ocupados pelas discussões em torno das narrativas é o que determina nossas angulações. Ou seja, o “momento” temático em que nos encontramos; no caso deste e-book, a percepção de que as narrativas midiáticas contemporâneas, como estruturadoras de inteligibilidade social, apontam, com cada vez mais clareza, também, para aquilo que, de forma protagonista, transforma. É dizer, por outras palavras, que, mesmo estando imersos em um dos momentos mais obscuros e tristes da história recente do país, o que nos afeta de muitas e distintas formas, também vislumbramos, com a mesma clareza, movimentos que, ao se adiantarem aos demais, fazem-no de forma protagonista. E o fazem de forma narrativa; afinal, o que é narrar senão dar sentido à realidade? Compreendemos, portanto, protagonismo como tudo aquilo que, ao mudar a realidade em que se insere, transforma, para melhor, esta mesma realidade e o que se diz dela. O prefácio da obra foi escrito por Cremilda Medina, cuja produção científica e jornalística tem permeado, e impactado, sobremaneira os fazeres na academia e na comunicação social nos últimos 40 anos. Mais que uma referência nos estudos da comunicação, especialmente no jornalismo, Cremilda tem nos ajudado a encontrar pistas narrativas (ou narradas) da pluralidade, polifonia e polissemia que caracterizam a sociedade contemporânea. Para ela, os protagonismos postos em diálogo por autores, cientistas e comunicadores, têm potencial de transformação social, ainda que essas interações apreendam, além de concordâncias, o contraditório e conflito.


Ontologia publicitária: epistemologia, práxis e linguagem

Clotilde Perez, Bruno Pompeu, Maria Lilia Dias de Castro e Goiamérico dos Santos (organizadores)
Intercom, 2019.

O GP de Publicidade da Intercom, nestes últimos 20 anos, não apenas testemunhou as mudanças por que passou a publicidade e registrou em centenas de artigos científicos todas as novidades e desdobramentos que o novo panorama comunicacional proporcionou, como também ajudou a definir os rumos da pesquisa científica e do próprio pensamento sobre a publicidade, no ensino e na prática profissional. O principal valor deste livro é apresentar uma visão panorâmica sobre esses anos de trabalho, compreendendo a complexidade da publicidade brasileira contemporânea. A obra conta com autores pesquisadores de todas as regiões do país, o que a torna representante da diversidade de pensamentos que a Publicidade impõe nos dias atuais. Trata-se de uma obra referencial, que se caracteriza pelo caráter profundo de suas reflexões mais conceituais e pela atualidade e pertinência das suas discussões aplicadas.


Dicionário técnico e crítico da comunicação publicitária

Juan Droguett e Bruno Pompeu
Cia. dos Livros, 2012, 128 p.

Este "breve dicionário" vai na direção de apresentar o estado da arte, oferecer aos pesquisadores um método de reflexão, aos criativos um instrumento de elaboração, às pessoas simplesmente interessadas o modo de entender este aspecto fundamental e pervasivo entre cultura, consumo e comunicação. Trata-se de um conjunto de conceitos do campo da comunicação publicitária em forma de verbetes, fundamentais desse campo de conhecimento que considera a publicidade a partir de sua forma mais original, construtora de mensagens e difusora destas na esfera pública, privada e virtual.


Jornalismo das periferias – o diálogo social solidário nas bordas urbanas

Mara Rovida.
Editora: CRV, 2020, 178 p.

Um relato de pesquisa de campo, realizada nas bordas urbanas da Região Metropolitana de São Paulo entre 2018 e 2019, é apresentado nas páginas dessa obra. O objetivo de compreender como jornalistas profissionais à frente de iniciativas comunicacionais nas periferias produzem um jornalismo plural que revela a polissemia e a polifonia da urbes é perseguido nessa investigação. Como representação desse movimento de pesquisa, a narrativa é elaborada a partir do diário de campo que se torna mandatário e organizador da reflexão. Assim, partindo da chamada observação-experiência, a autora revela algumas das características desse fenômeno jornalístico contemporâneo.


Diversidade e livros didáticos: artimanhas das imagens

Luciana Coutinho Pagliarin ide Souza, Maria Ogécia Drigo.
Editora: Appris, 2020, 153p.

Resultado de pesquisa realizada com apoio da FAPESP, o livro Diversidade e livros didáticos: artimanhas das imagens vem de interseções entre Comunicação e Educação. Considerando o fato de o livro didático estar entre os meios responsáveis por propagar mensagens que envolvam a alteridade, com foco em representações visuais, interessava-nos compreender o tratamento dado ao outro e, em que medida, ele favorece a construção de ambientes que propiciam a coexistência das diferenças. A amostra estratificada tomou 20% do total de livros (20 livros) entre os resenhados nos Guias de Livros Didáticos – PNDL 2011 – para as séries finais do Ensino Fundamental das disciplinas escolares: Língua Portuguesa, Ciências, Matemática, História, Geografia, Língua Portuguesa e Língua Estrangeira e, de modo geral, os muitos outros revelados no material selecionado se posicionaram com as nuances de proximidade que a classificação do modo de estar com o outro propiciam. A solidariedade é, enfim, a modalidade que preponderou.


Publicidade e Periodização da vida: (re)significação da velhice

Maria Ogécia Drigo, Bruno Antonio da Silva Martins, Clotilde Peres.
Editora: Appris, 2019, 199p.

Este livro apresenta resultados de duas pesquisas sobre publicidade e periodização da vida. Uma delas, pesquisa de pós-doutoramento intitulada Marca e publicidade: caminhos e descaminhos da juventude enquanto valor, realizada na ECA/USP, sob a supervisão da Prof. Dra. Clotilde Perez e com apoio da FAPESP. A segunda, que orientamos, até como uma extensão da primeira, foi realizada por Bruno Antonio da Silva Martins, sob o título Marca e publicidade: ressignificação da velhice, vinculada à linha de Pesquisa Análise de Processos e Produtos Midiáticos, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba. Entre reflexões sobre a cronologização da vida e sobre a velhice, em especial, há também conceitos da semiótica peirceana e aplicação de estratégias de análise de representações visuais dela advinda. Os resultados podem orientar estudantes da área da comunicação na análise de produtos midiáticos, notadamente os da publicidade e impregnados por representações visuais, bem como pode despertar o interesse dos produtores para estudos sobre os modos de representação das diversas etapas da vida e como, em certa medida, essas contribuem para a ressignificação das mesmas. Os resultados apresentados cumprem um papel vital para a comunidade de investigadores, a de manter as ideias sempre em movimento, o que contribuirá para o aumento da razoabilidade concreta, que no caso envolve uma produção em publicidade com potencial para ressignificar as idades da vida e, notadamente, a velhice.


A Sociedade do Espetáculo – Debord, 50 anos depois

Deysi Cioccari, Gilberto Silva, Mara Rovida
Editora: Appris, 2018, 229 p.

Com o pretexto de marcar os 50 anos da publicação do livro Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord, a obra coletiva traz reflexões resultantes de encontros, debates e projetos de pesquisa desenvolvidos no Grupo de Pesquisa do CNPq Comunicação e Sociedade do Espetáculo. O trio de organizadores é formado por membros do grupo que atuam em diferentes frentes cuja somatória resume os esforços de compreensão e reflexão coletiva a respeito das teses do autor francês; seja para compreender seu pensamento num contexto histórico específico, seja para avaliar sua relevância na contemporaneidade.


Mídia, narrativa e estilo: literatura, cinema, videoclipe e telejornal

Míriam Cristina Carlos Silva, João Paulo Hergesel.
Editora: Jogo de Palavras, 2018, 110p.

Este livro apresenta uma compilação de estudos sobre narrativas produzidas em diferentes mídias e com seus estilos particulares. No primeiro capítulo, averígua-se a utilização das propostas teóricas de Italo Calvino na obra literária de Adriana Lisboa. No segundo, verifica-se de que forma a antítese é utilizada como recurso poético em uma cena do filme de Lasse Nilsen. No terceiro, investiga-se a aplicação do estruturalismo narratológico de Tzvetan Todorov em um videoclipe de Thalles Cabral. No quarto, examina-se o estilo utilizado em diferentes telejornais de uma mesma emissora para noticiar a Operação Carne Fraca. Ao propor tais análises, estes estudos buscam demonstrar a relevância da Narratologia e da Estilística para a Comunicação, sobretudo no campo das narrativas midiáticas contemporâneas.


Comunicação, arte e culturas: (re)leituras e (re)flexões

Míriam Cristina Carlos Silva, Paulo Celso da Silva
Editora: Jogo de Palavras, 2018, 136p.

Este livro se inicia com um diálogo entre Ciro Marcondes Filho, Vilém Flusser e Michel Serres, com os conceitos de Metáporo, inaturalidade da comunicação e Flexibilidade. A seguir, apresentam-se aspectos da obra de Philadelpho Menezes e sua visão acerca da cultura globalizada e midiatizada. Na sequência, elabora-se uma reflexão sobre as relações entre diversos campos de conhecimento e suas imbricações no fazer artístico e tecnológico. Em seguida, unindo o artista Robert Mapplethorpe e o filósofo Vilém Flusser, pensa-se sobre a relação entre Arte e Comunicação. Em outro capítulo, Oswald de Andrade e Eduard Kac são colocados lado a lado para falar sobre a obra Uirapuru. Nas últimas páginas, propõe-se o Manifesto da Contemporaneidade, não para fechar o livro, mas para abrir novos caminhos.


Imagem e conhecimento, que relação é essa, afinal?

Maria Ogécia Drigo, Luciana Coutinho P. de Souza, Laan Mendes de Barros e Márcia Rodrigues Costa.
Editora: Paco Editorial, 2017, 214p.

É o título do mais recente livro organizado por Maria Ogécia Drigo, Luciana Coutinho Pagliarini de Souza, Laan Mendes de Barros e Márcia Rodrigues da Costa, vinculado ao Grupo de Pesquisa Imagens Midiáticas (GPIM), do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Uniso, em colaboração de vários pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Sem reduzir a uma única linha teórica, o volume tem como horizonte uma pluralidade de teorias, epistemologia e métodos na abordagem sobre imagem, na busca por refletir e questionar sobre o potencial das imagens construção de conhecimento.


Relações com o esporte-espetáculo

Marcelo Fadori Soares Palhares, Felipe Tavares Paes Lopes e Osmar Moreira de Souza Júnior.
Editora: CRV, 2016. 100p.

Atualmente, o esporte-espetáculo possui grande impacto social, cultural e econômico. Este livro se propõe a tratar das relações do esporte-espetáculo com a Educação Física escolar, problematizando e refletindo sobre a apropriação e consumo deste esporte no cenário escolar.


Cidade e Comunicação – A miopia sobre o mundo, outros textos e olhares

Thífani Postali, Paulo Celso da Silva
Editora: PACO EDITORIAL - Ano: 2016. 110 p

O livro promete e consegue amenizar a miopia cultural de que todos sofremos, graduados e não graduados, no conhecimento e na análise da realidade nacional. Sob qualquer ângulo, o social, o político, o econômico, o país hoje parece bloqueado por ideias superadas, convicções sem lastro sólido, preconceitos de toda ordem, apegos cegos ao que já passou, carência de gente capaz de enxergar e executar um futuro melhor. Predominam muitas nuvens a encobrir a visão direta e objetiva da sociedade que somos. Seriamos todos, culturalmente, míopes?


Tradição e Inovação em Jornalismo Literário

Monica Martinez
Florianópolis: Insular, 2016, 132p.

Esse livro tem como objetivo sintetizar reflexões desenvolvidas pela autora nos últimos 25 anos sobre Jornalismo Literário. Pondera sobre raízes históricas, definições, práticas e processos. O grande diferencial dessa obra é ser constituída por pesquisas científicas realizadas sobre o tema pela autora desde 2007, quando apresentou o primeiro trabalho sobre o assunto no XXX Congresso Brasileiro das Ciências da Comunicação (Intercom). Por meio desses estudos são ponderadas as consonâncias e dissonâncias do Jornalismo Literário, assim como a forma como a modalidade é vista, praticada e ensinada e pesquisada no país na área da Comunicação. Abrange também as noções sobre a modalidade em uso nos Estados Unidos, onde pode ser encontrada em publicações tradicionais como a revista The New Yorker. A principal conclusão é a de felizmente se tratar de um campo em construção, cuja riqueza é justamente a pluralidade de vozes.


Arte, mídia e discurso: interface e produção dos sentidos

Luciana Coutinho Pagliarini de Souza e Míriam dos Santos
Editora: ANNABLUME, 2015. 205 p

Este é um livro que nos oferece uma visão da complexidade que as questões de linguagem/sobre a linguagem podem assumir, enquanto campo de estudo, a partir de análises e reflexões variadas, que se debruçam sobre as linguagens artísticas e/ou midiáticas. Os trabalhos aqui concernidos abordam materiais diversificados, como peças publicitárias, publicidade eleitoral, charges, poesias, etc.


A segmentação no jornalismo sob a ótica durkheimiana da divisão do trabalho

Mara Ferreira Rovida
Saarbrücken: Novas Edições Acadêmicas, 2015, 170p.

O livro apresenta uma discussão sobre o processo de segmentação da comunicação jornalística. A partir de uma reflexão sobre o próprio conceito de segmentação, é apresentada uma proposta de entender o jornalismo segmentado como um formato diferenciado de produção jornalística por tratar de temáticas específicas e se dirigir a um público também específico. A obra é resultado de pesquisa realizada no mestrado e teve como objetivo a revisão da teoria e da metodologia de pesquisa do sociólogo francês Émile Durkheim no estudo da comunicação na contemporaneidade. O exercício prático do debate teórico desenvolvido é concretizado numa análise da revista O Carreteiro, publicação mensal voltada para profissionais do setor de transporte rodoviário.


Jornalismo em trânsito o diálogo social solidário no espaço urbano

Mara Ferreira Rovida
São Carlos: Edufscar, 2015, 254p.

Um mergulho no espaço urbano, marcado pelo conflito e pela disputa. A observação empírica e os relatos apreendidos na imersão em campo dão o tom da narrativa deste livro em que se busca compreender aquilo que foge ao padrão do trânsito de São Paulo, os espaços de diálogo. Dois grupos profissionais são acompanhados nessa empreitada, os repórteres de uma emissora de rádio especializada na cobertura do trânsito e os antagonistas mais corriqueiros das narrativas sobre o tema, os caminhoneiros. Com base nessa etnografia urbana, com foco nas relações desenvolvidas em torno dos vínculos de trabalho, observa-se a existência de redes solidárias (no sentido dado por Émile Durkheim) que eventualmente ganham visibilidade por meio das narrativas jornalísticas. A mediação jornalística é colocada no centro do debate por seu potencial dialógico, com implicações num outro fenômeno social, a chamada solidariedade orgânica.


O poético das mídias

Míriam Cristina Carlos Silva e Antonio Hohlfeldt (organizadores)
Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015, 177 p.

Este livro traz diversas abordagens sobre a presença do poético nas mídias. Pesquisadores, de campos distintos na comunicação, ousam pensar o poético como mote comum e dividem suas reflexões sobre a busca, na comunicação, por mensagens e processos estruturados de modo polissêmico, com uma elaboração de linguagem que permite a aproximação entre a comunicação e a arte. São abarcadas discussões sobre as diferentes formas do poético em suas relações com os produtos midiáticos, a caracterização do signo poético, as diferenças entre o poético e o não poético, o poético e o prosaico e as convergências entre o texto artístico e as formas da comunicação de massa, além das relações culturais na comunicação poética e seus modos de leitura.


Cidade e Comunicação – A miopia sobre o mundo e outros textos

Thífani Postali, Paulo Celso da Silva
Editora: Paco Editorial, 2014. 168 p.

“A ideia é fazer com que as reflexões saiam do círculo acadêmico e alcancem outros públicos. O retorno é gratificante, pois recebo comentários e ampliações das reflexões por e-mail, redes sociais e até publicações em blogs diversos, de pessoas que leram e se identificaram com o conteúdo”, fala Thífani, sobre a experiência com a produção de textos menos acadêmicos, mas não menos questionadores, e escritos de forma sucinta, bem menores e mais objetivos do que as costumeiras produções acadêmicas. “O texto mais conciso é também mais dinâmico, rápido. Faz com que a ideias sejam recebidas com uma velocidade diferente pelo leitor. E ele responde nessa velocidade também, usando o site do jornal, os e-mails que constam nas matérias. Diferente de um livro que primeiro passa pela editora”, defende também Paulo Celso.


Aulas de semiótica peirceana

Luciana Coutinho Pagliarini de Souza, Maria Ogécia Drigo
Editora: ANNABLUME, 2013. 206 p.

Aulas de semiótica peirceana, um livro eminentemente didático que procura, passo a passo, desvelar os intrincados conceitos de Peirce, com dedicação e empenho, para fazer a Semiótica desse autor ser bem compreendida e, essencialmente, bem fundamentada. A estratégia metodológica utilizada na abordagem das ideias de Peirce tem início no conceito de signo. A partir daí, os outros componentes da tríade que o constitui são analisados no livro - objeto e interpretante -, suas classificações, ampliando o campo conceitual de modo a passear pela estrutura que dá corpo ao pensamento do autor.


Publi-Cidade no Contexto Intercultural de São Paulo

Luciana Coutinho Pagliarini, Maria Ogécia Drigo
Editora: ANNABLUME, 2012. 236 p.

As autoras apresentam os resultados de estudos que tiveram publicidade e paisagem urbana como contexto. A cidade de São Paulo antes da lei "Cidade Limpa" foi cenário da primeira fase da pesquisa, que abriga reflexões sobre processos de significação advindos da mistura sígnica de elementos do contexto urbano e da publicidade de rua, bem como análises da linguagem híbrida dos outdoors, tecida a partir das especificidades e potencialidades de sua natureza (visual/verbal). A segunda etapa teve cidades alemãs - Berlim, Frankfurt, Colônia entre outras - como contexto, o que possibilitou a realização de um estudo intercultural. Finalmente, num terceiro momento, coube revisitar a cidade de São Paulo já "despida" e verificar os efeitos de sentido que emergiram dessa "nudez". Assim, articuladas, essas pesquisas traçaram um panorama das relações entre processos de comunicação e o contexto urbano, descortinaram valores culturais que subjazem à trama sígnica analisada e levaram as autoras a correr o risco de dar sugestões relativas à produção publicitária e a uma provável convivência desses sistemas de signos, a publicidade de rua e o contexto urbano.


Teorias da comunicação em jornalismo: reflexões sobre a mídia

Clóvis de Barros Filho, Felipe Tavares Paes Lopes e Luiz Perez-Neto.
Editora: Saraiva, 2011. 144 p.

Trata-se de um livro introdutório sobre os meios de comunicação de massa. Uma introdução em três partes. Num primeiro momento, abordamos a relação entre mídia e sociedade, destacando que uma age sobre a outra. Na segunda parte, abordamos a relação entre mídia e dominação. Aqui, propomos que os meios de comunicação estabelecem e sustentam relações de dominação; conferem visibilidade a determinadas pessoas, temas e problemas sociais em detrimento de outros; mobilizam sentidos que alimentam ideologias. Na terceira e última parte, enfocamos a relação entre mídia e identidade; analisamos tanto a identidade dos profissionais da comunicação, mais especificamente a de publicitários, quanto a dos consumidores das mensagens midiáticas.


Tive uma ideia!: o que é a criatividade e como desenvolvê-la

Monica Martinez
São Paulo: Paulinas, 2011, 78 p.

Desenvolvida durante o pós-doutorado, realizado na Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo, a obra traz reflexões da autora desde 2004, quando foi responsável pela introdução do curso de Redação Criativa no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Nela aborda-se a questão da criatividade, cada vez mais um requisito importante por ser entendida como uma forma de se destacar no mercado de trabalho e na vida de modo geral, chegando a ser considerada um fator crucial para o sucesso e a realização pessoal. O leitor vai perceber que o nascimento de uma ideia nova e original é parte de um processo que engloba a Comunicação. E que depende de vários fatores, muitos deles discutidos por meio de pesquisas realizadas no país e em centros de excelência como a Universidade de Harvard e Stanford, nos Estados Unidos.


A Trama do Texto e da Imagem: Um Jogo de Espelhos

Luciana Coutinho Pagliarini
Editora: ANNABLUME, 2010. 150 p.

Roland Barthes e a Revelação Profana da Fotografia se organiza de maneira a explicitar por que a compreensão barthesiana da fotografia reúne o Grau Zero da Escritura a A Preparação do Romance, a partir da compreensão do “silêncio” tomado em sentido “zen”. Rodrigo Fontanari nos apresenta o pensamento de Barthes, e o sentido da delicadeza e da melancolia segundo uma metafísica da impermanência, a lei do efêmero, a vanidade da arrogância dogmática e a grandeza do instante, sempre primeiro e último na álgebra do tempo.


A pele palpável da palavra: a comunicação erótica em Oswald de Andrade

Míriam Cristina Carlos Silva
Sorocaba: Provocare, 2009, 160 p.

Este livro trata da comunicação erótica, concretizada em Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. Por meio das singularidades que operam com o signo poético, ao conjugar linguagens das diversas séries culturais e por seu caráter híbrido e barroco, o texto erótico exige um receptor atento. No livro, a autora analisa os elementos erotizantes que transformam o texto em um corpo, buscando a percepção dos cinco sentidos do receptor, com foco na boca, nos olhos e nos ouvidos, em simbiose com a paisagem e a cultura. Dessa forma, procura entender as marcas do corpo, através do riso, da oralidade e da plasticidade visual, iconicamente representadas nos interstícios entre o verbal e o não verbal.


Walt Disneys Celebration City- Reflexões Sobre Comunicação e Cidade

Paulo Celso da Silva
Editora: Canal 6, 2009. 109 p.

"O que mais destaca desta obra é a originalidade do tema e a síntese esplêndida que o autor consegue entre uma exposição teórica ampla, crítica e ambiciosa, com a apresentação e a análise de um exemplo concreto e notabilíssimo. O leitor se enfrenta a uma obra dialética na qual primeiro nos traça o cenário conceitual da atualidade mais raivosa em que tentamos nos entender e depois nos concretiza em um caso de estudo na realidade mais recente, para terminar em uma síntese conclusiva que permite avançar na compreensão da sociedade informacional." - Carles Carreras i Verdaguer - Catedràtic da Geografia Humana - Universitat de Barcelona"
Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/pcelso.pdf


Comunicação e Cognição: Semiose na Mente Humana

Maria Ogécia Drigo
Porto Alegre: Sulina, 2008, 142p.

O livro oferece ao leitor uma abordagem diferenciada da cognição na mente humana. Além de apresentar um panorama do desenvolvimento e das principais tendências das ciências cognitivas, a autora foge das abordagens tradicionais, porque discute questões ligadas à subjetividade, à noção de representação, aos tipos de raciocínio, enfatizando a semiose na mente humana como um processo auto-organizativo e, portanto, fazendo uma interface entre estruturas dissipativas, de Ilya Prigogine, pertinentes para explicar a cognição com a semiótica de Charles Sanders Peirce, à luz da teoria do continuum, ou sinequismo.


Jornada do herói: a estrutura narrativa mítica na construção de histórias de vida em jornalismo

Monica Martinez
São Paulo: Annablume/Fapesp, 2008, 280 p.

As histórias de vida são um método importante no campo das Ciências Sociais Aplicadas. Neste contexto, a jornada do herói é um método de estruturação de narrativas que procede principalmente de dois campos do conhecimento. O primeiro é a mitologia na perspectiva do mitólogo estadunidense Joseph Campbell (1904-1987). O segundo é a psicologia complexa do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961). Em sua tese de doutorado realizada pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Monica Martinez acrescenta mais dois componentes. O primeiro é o estudo da jornada da heroína ou as especificidades das histórias de vida femininas. O segundo é a biografia humana, método da medicina antroposófica que permite a identificação dos potenciais e crises nas diversas fases da vida. O resultado é uma contribuição aos interessados em compreender ou escrever narrativas biográficas de curta ou longa extensão em variadas áreas do saber, como Jornalismo e Psicologia, entre outros.


POBLENOU : TERRITÓRIO @ DE BARCELONA Projeto 22 @ -BCN – Estudo e considerações . Edição bilíngue

Paulo Celso da Silva e Neide Maria Pérez da Silva
Editora: Ottonni, 2007

Provavelmente o conceito e a situação de território informacional fique melhor demonstrada em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro que atingem e influem diretamente em todo o Brasil. Isto é, metrópoles como Barcelona têm o seu papel destacado dentro de seus respectivos países e mesmo globalmente, concorrem com outras de igual importância quando o tema é relacionado às atividades TIC. O território informacional, a maneira como foi exposto, se configura como um momento da metrópole - ou pós-metrópole como sugere Edward Soja. Momento em que os paradigmas que nortearam as metrópoles fordistas e, consequentemente os investimentos econômicos e humanos, estão mudando para fazer frente às exigências das novas demandas globais.
Também disponível em: link


Comunicação e cultura antropofágica: mídia, corpo e paisagem na erótico-poética oswaldiana

Míriam Cristina Carlos Silva
Porto Alegre – Sorocaba: Sulina, 2007, 182 p.

A partir da obra experimental de Oswald de Andrade, este livro propõe a compreensão do conceito de antropofagia como possibilidade complexa de interpretação da cultura. Por meio das relações entre corpo, poesia, mídia, cotidiano e paisagem, entendidos como textos culturais, Andrade constrói uma poética antropofágica e erótica, na medida em que inúmeros de seus procedimentos servem para criar uma participação sensorial hiperbólica do leitor para com o texto. A janela, o jornal e a moldura são elementos revocados, convergem para o olhar e pressupõem o movimento de abrir-se para o outro e para o mundo. Mais do que uma poética, a proposta de Oswald de Andrade parece restaurar uma utopia da alteridade.


Comunicação do eu: ética e solidão

Clóvis de Barros Filho, Felipe Tavares Paes Lopes e Bernardo Issler
Editora: Vozes, 2005. 142p.

O livro trata do tema da comunicação, dos fundamentos éticos, da realidade e das implicações sobre os sujeitos que se comunicam considerando que ninguém vive só, isolado. A comunicação aparece como compartilhamento e condição para a vida em sociedade.


Dos espetáculos de Massa às torcidas organizadas: paixão, rito e magia no futebol

Tarcyanie Cajueiro Santos
São Paulo: Annablume, 2005, 170p.

Este livro se debruça sobre o universo do futebol e, mais especificamente, analisa as torcidas organizadas, que surgem devido às transformações pelas quais passou este esporte. Além de traçar um panorama sobre o surgimento e desenvolvimento do futebol brasileiro, analisa o aparecimento desses grupos e os momentos de sociabilidade e de violência sobre as quais suas práticas ocorrem. Foram pesquisadas as torcidas organizadas: Mancha Verde e Gaviões da Fiel. Ao se utilizar do arcabouço teórico da comunicação, nas interseções com a sociologia, antropologia e filosofia, este livro realiza um estudo sobre o futebol e os modos pelos quais ele é reapropriado. Os inúmeros processos de identificação do torcedor com seu time perpassam suas relações com os demais torcedores, a mídia, os clubes e os estádios.


Sorocaba além das formas: vestígios da cultura

Matheus Maizzini Ramos e Maria Ogécia Drigo
Patrocínio: LINC Lei de Incentivo à cultura.

O livro apresenta “recortes” da cidade de Sorocaba, ou imagens fotográficas da cidade que estabelecem certo jogo com algumas ideias sobre a cidade contemporânea. Como uma jogada encerrada ou como um dado lançado, o livro mostra uma possível leitura da cidade de Sorocaba. No entanto, uma nova jogada pode vir... Há nas páginas do livro, um convite para o leitor proceder tal como um jogador de cartas de tarô, em o “Castelo dos destinos cruzados”, de Ítalo Calvino. No romance, diante de uma imensa mesa, talvez em um castelo ou taverna, o jogador com as cartas de um baralho de tarô compõe diferentes histórias dos personagens ali reunidos. Com as imagens fotográficas apresentadas – ancoradas na experiência do leitor, bem como no texto presente no livro – o leitor é convidado a rever aspectos do cotidiano, a identificar, por vestígios, a cultura que se delineia.